sexta-feira, 3 de abril de 2015

I Corrida do E.C. Concórdia

Prova: I Corrida do Esporte Clube Concórdia Poaense
Local: E.C. Concórdia - Poá / SP
Inscrição: R$45,00 (+ R$4,00 de taxa)
Data: 29/03/15
Distância: 4,95 k (16ª)
Geral: 42ª corrida - 2015: 3ª corrida 
Tempo: 22'02'' - Ritmo: 4:27 min/km
Classificação geral masculino: 99º (de 363) - Categoria (35-39): 17º (de 63)
Resultado oficial: http://www.cronoserv.com.br/resultado/150371/corrida-e-caminhada-esporte-clube-concordia/

Garimpar boas provas é uma das tarefas do corredor de rua. E esse foi um garimpo muito bem sucedido.
Fiz a inscrição pra essa corrida confiando na propaganda realizada: preço acessível, kit de qualidade, troféus para faixa etária. Não que eu tenha, pelo menos por enquanto, pretensão de conquistar algum, mas prefiro com certeza privilegiar as corridas que ofereçam essa possibilidade que eu considero fundamental como incentivo à grande massa de corredores que participam dessas provas sabendo que somente uns poucos terão chances de chegar entre os primeiros.

A cidade de Poá não fica longe de São Paulo, principalmente pra quem mora na Zona Leste. No domingo, sem trânsito então... melhor ainda. Já fui em corridas mais distantes sem que tivesse que sair da cidade onde moro, então isso não seria problema.

A possibilidade de pegar o Kit pré-prova no dia da corrida, até as 8h com largada às 9h, facilitou ainda mais, senão teria que contar com a colaboração de amigos pra retirar no sábado já que eu trabalhei o dia todo. E teve mesmo quem fosse retirar no sábado, principalmente moradores da região e de bairros mais a leste como Itaquera ou Guaianases.

Devidamente numerado e chipado
Chegamos então, a esposa e eu, por volta das 07:30h da manhã, retiramos o kit (sacola, bonita camiseta, chip e número de peito com nome estampado) na bela arena montada no campo de grama sintética, e ficamos aguardando enquanto observávamos a movimentação e encontrávamos alguns amigos. A temperatura estava amena e o dia nublado, perfeito pra uma bela corrida. Logo vi que a farta premiação oferecida, tanto para os 3 primeiros de cada categoria como para os 10 primeiros colocados na geral, havia atraído os corredores de ponta: meus amigos Orlando Baraúna e o Luis Jacinto estavam lá, e levariam um troféu pra casa.

Ao passar das 8:30h, após fazer um breve aquecimento fomos entrando para o funil a fim de nos preparar para a largada. Só então percebemos que vários corredores só aguardavam o primeiro a fazer isso, e de repente estávamos colados no tapete com uma multidão atrás de nós. Nem minha esposa nem eu temos aval pra largar com a Elite, mas já não havia como voltar atrás. Sair de fininho e ir lá para o final talvez fosse uma opção sensata, mas naquele instante com o Locutor Maquininha incentivando a adrenalina a subir, ficamos por ali mesmo.

Minha esposa e eu  a segundos da largada... reparem que os corredores estão com os dedos
no relógio, prontos a explodir
A largada, saindo do E. C. Concórdia e entrando a esquerda na Av. Vital Brasil
Uma foto rara, a Kelly e eu na mesma imagem sem que estivéssemos correndo juntos
E às 9h em ponto a largada foi dada. Foi preciso largar forte, ou cair pisoteado. A Kelly nunca deu passadas tão largas nas corridas anteriores. Mas saímos do clube, entramos a direita na Avenida Vital Brasil e novamente à direita na bonita Avenida Antonio Massa, larga e arborizada onde os corredores puderam encontrar seu ritmo.

A partir dali que o bicho pegou. O locutor já havia avisado que pegaríamos uma subida, e mesmo no site da inscrição eu tinha notado a altimetria com ganho de elevação do Km 2 ao 3. Mas ao vivo o morro foi mais duro. Subida daquelas de inclinar o corpo pra frente e subir quase engatinhando. De fazer caminhar o corredor menos preparado pra ladeiras. Terminada essa, uma pequena reta e logo outra subida, menos intensa porém suficiente pra jogar o pace lá pro alto. Passamos pelo quilômetro 2 e eu peguei um copo no primeiro posto de hidratação, bebi um gole e segui adiante.

Nessa altura do campeonato eu já sabia que havia uma centena de corredores à minha frente e qualquer sonho de figurar entre os primeiros da categoria 35-39 anos, se é que havia um lá no fundo sonhador desse cantor corredor, estava destruído. Aproveitei o declive que se sucedeu ao aclive inicial (tudo o que sobe, desce, é o que dizem) e maltratei os joelhos antes de chegar novamente na Antonio Massa, para o último quilômetro plano e ofegante. O percurso foi circular, não teve retorno, o que é bacana e diferente, já que não passamos na volta pelos atletas que ainda estão indo.

Último quilômetro
Mais um posto de hidratação, nesse eu dei bom dia e passei direto. Não arrisquei sprint na reta final da Vital Brasil, mas gostei da minha chegada no clube com 22m02s, 54 segundos acima do meu recorde pessoal na distância e um pouco mais se considerarmos que naquela prova, a Etapa Vila Matilde do Circuito Popular em novembro de 2014, o percurso teve 100 metros a mais. Claro, dessa vez a pirambeira pode ser usada como desculpa, mas já deu pra sentir que estou voltando bem ao ritmo com que terminei o ano anterior.

A chegada, sempre especial
O Kit pós prova teve frutas (banana e maçã), bonita medalha, sacolinha-lixinho para o carro e energético Red Bull. A premiação seria entregue no salão do clube, mas depois de alguns minutos preferimos voltar pois o domingo nos cobrava alguns compromissos familiares e já era 10 horas da manhã em Poá.

O resultado, publicado na hora em folhas impressas no mural e também no site da Cronoserv, veio também por email no final da tarde.

O sucesso de organização e de adesão dos atletas fez com que já fosse anunciada a segunda edição, prevista para agosto/15. Não sei se estaremos lá, mas recomendo com louvor. Uma prova boa tanto no quesito desafio quanto na qualidade.

E o cantor aqui feliz, por notar que apesar de estar treinando para uma prova longa (e como, minha primeira maratona em julho) ainda consigo encarar a velocidade das curtas, mesmo que essa velocidade seja bem relativa e não possa ser levada muito a sério :P

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