Prova: 5ª Corrida do Internacional Shopping Guarulhos
Local: Internacional Shopping - Guarulhos / SP
Inscrição: R$40,00
Data: 10/11/13
Distância: 4,8 km (5ª)
Geral: 11ª corrida - 2013: 11ª corrida
Tempo: 22'42'' - Ritmo: 4:43 min/km
Local: Internacional Shopping - Guarulhos / SP
Inscrição: R$40,00
Data: 10/11/13
Distância: 4,8 km (5ª)
Geral: 11ª corrida - 2013: 11ª corrida
Tempo: 22'42'' - Ritmo: 4:43 min/km
Classificação geral masculino: 98 - Categoria (35-39): Não divulgado
É sabido que os iniciantes, entre eles eu mesmo, temem as ladeiras. No mínimo, respeitam-nas bastante.
Na verdade, mesmo corredores experientes muitas vezes evitam-nas, porém sabem como enfrentá-las e treinam pra isso. Mas se até profissionais dizem que um percurso é difícil, é porque a coisa para os novatos é mesmo complicada...
Eu já havia dito aqui no blog (leia AQUI) que essa corrida teria um sabor especial pra mim. 2013 foi (e está sendo) um ano de mudança de hábitos: abandonei o vício de longos anos de bebedor inveterado de Coca-cola, e junto com ela qualquer outro tipo de refrigerantes. E resolvi começar a correr, inspirado, entre outras coisas, pela alegria que vi estampada no rosto dos funcionários do Chopp Time após a participação da 4ª Corrida do Internacional Shopping, em novembro de 2012.
Após 10 corridas e oito meses de treinos, lá estava eu para correr com eles, na minha primeira corrida fora da cidade de São Paulo, mas na vizinha Guarulhos que é minha segunda casa. Como músico da chopperia, entrei na "disputa" saudável do prêmio pago à parte pela gerente Sueli aos 4 melhores colocados na prova, entre seus funcionários. Até camiseta personalizada – e bem humorada – ela mandou confeccionar.
Contrariando as previsões e confirmando mais uma vez que São Pedro é mesmo amigo dos corredores, a chuva que era esperada não veio. Se bem que o sol quente na cabeça também não é muito agradável aos atletas, mas a verdade é que o domingo amanheceu claro e quente.
A estrutura dentro do shopping com estacionamento gratuito e acesso aos banheiros foi um diferencial das provas que corri até aqui. Nada dos fétidos, mas sempre necessários, banheiros químicos. Os corredores puderam até se trocar num espaço bem adequado.
Isso compensou o kit pré-prova, que não foi lá uma maravilha, não que eu me importe muito com esses ítens que são desculpa pra encarecerem as inscrições. Mas já que estão lá e são anunciados, a gente acaba comparando com os produtos de outras corridas.
Só a camiseta foi nota 10, em tecido tecnológico com proteção UV (eu nem sabia que existia isso), que usarei em outra oportunidade já que eu deveria correr com a camiseta branca do Chopp Time. A toalhinha, muito bem vinda, não dá pra reclamar dela também. Já a viseira prometida era descartável, daquelas que se monta na hora. O squeeze, aquele modelo que infla quando enchemos com o líquido. No geral, acho que uma nota 6 para o kit pré-prova.
Mas a minha preocupação, ou pelo menos curiosidade, era com o percurso. Trajeto que não foi divulgado em site algum, mas que devido aos participantes de edições anteriores eu sabia que teria uma altimetria difícil, além de trechos dentro do estacionamento do shopping.
Tendo chegado cedo e já estando pronto a 20 minutos da largada, ajudado ainda pelo fato de que havia menos de 1000 participantes, pela primeira vez consegui alinhar bem próximo a faixa. Sei que não estou nem perto de correr no ritmo dos atletas de frente, mas isso ajuda a evitar os caminhantes do primeiro quilômetro. E, se não corro como os da Elite, sei fazer meu percurso sem atrapalhar quem vem atrás num ritmo mais forte buscando a ultrapassagem.
Os meninos do Chopp Time se alinharam comigo, quase todos. E foi aí que eu percebi que, mesmo não querendo, o espírito competitivo faz parte da gente. Eu nunca tinha corrido disputando com ninguém, a não ser comigo mesmo e meus tempos extremamente altos para os corredores experientes, mas fantásticos para o meu padrão de iniciante. Só que ali, preparados para a largada que seria dada rigorosamente no horário, havia algo que dizia que iríamos realmente tentar chegar à frente um do outro. Não importavam os outros 1000 corredores, éramos 11 atletas do Chopp Time buscando um "título" que duraria um ano, até a próxima corrida no mesmo shopping em 2014.
E a brincadeira começou. E eu larguei no meu ritmo habitual, não muito forte, pra não quebrar logo. Só que eles, não. Desembestaram a correr e foram abrindo distância, o que me fez ter que montar uma estratégia rápida, ali mesmo, sob pena de não ter tempo para recuperação depois.
A solução encontrada foi a do caminho do meio: não tentei alcançá-los de pronto, mas também não os deixei distanciar demais. Fui fazendo-os de "coelho", um a um, e após o primeiro quilômetro, completado em insanos 04'10'' (para o meu padrão) eu já estava em quarto na disputa. A segunda subida da prova, bem mais longa e íngreme, diminuiria meu pace para 04'53 mas me levaria ao segundo lugar.
Esse seria o pace até o final da prova, mas não era suficiente pra manter minha posição. O garçom Toninho conseguiu se recuperar na reta, enquanto eu já estava no meu limite. A corrida entrou novamente no estacionamento do shopping para um trecho que dava algumas voltas por entre as vagas de carros, o que nos permitia ver os competidores que vinham atrás, e eu avistava o "adversário" cada vez mais próximo. Acenava pra ele e calculava em que momento ele iria me alcançar.
Duas rampas dentro do estacionamento, daquelas que até os carros sobem em primeira, foram vencidas até com certa valentia, dado meu grau de falta de combustível naquele momento. E o pace continuou abaixo dos cinco minutos por quilômetro, mas já um pouco alto: 4:57.
De volta à avenida, um pequeno trecho plano, pra virarmos a direita numa descida redentora e enfrentarmos um último obstáculo, a subida da entrada do estacionamento inferior pelo posto do Extra. E foi ali que eu perdi o segundo lugar, vendo o Toninho se distanciar ainda alguns metros pra cruzar a linha de chegada 11 segundos à minha frente e faturar o prêmio do 2º lugar. O Roni, primeiro entre nós, foi também um dos primeiros no geral, chegando em 17º com o tempo líquido de 18'40''. Excelente colocação na sua terceira corrida nesse percurso.
A disputa havia terminado, mas a alegria não, como sempre aliás. Apesar da prova não ter tido os 5k prometidos, bati o meu recorde de ritmo: 04:43 min/km, contra os 04:47 min/km no Autódromo de Interlagos, em julho, num percurso mais curto (4,2k) e menos difícil que o do shopping.
Seria mesmo o recorde pessoal nos 5k, caso a prova tivesse mais 200 metros. E é bem provável que esse ritmo que me impus, até aqui o mais forte pra mim, não tivesse acontecido se não houvesse essa disputa interna. Se eu fosse meu único adversário, como é na maioria das vezes, faria uma prova mais conservadora. Talvez isso seja uma pequena mostra que me permita entender o que se passa com os campeões, aqueles que disputam cabeça a cabeça por centésimos de segundo numa prova.
Um show da banda Cidade Negra faria o encerramento da festa, que comemorou os 15 anos do Internacional Shopping. Apesar da temperatura já elevada e das pernas um tanto sofridas, aguentamos mais uma hora em pé ali no estacionamento pra curtir até o fim.
É sabido que os iniciantes, entre eles eu mesmo, temem as ladeiras. No mínimo, respeitam-nas bastante.
Na verdade, mesmo corredores experientes muitas vezes evitam-nas, porém sabem como enfrentá-las e treinam pra isso. Mas se até profissionais dizem que um percurso é difícil, é porque a coisa para os novatos é mesmo complicada...
Eu já havia dito aqui no blog (leia AQUI) que essa corrida teria um sabor especial pra mim. 2013 foi (e está sendo) um ano de mudança de hábitos: abandonei o vício de longos anos de bebedor inveterado de Coca-cola, e junto com ela qualquer outro tipo de refrigerantes. E resolvi começar a correr, inspirado, entre outras coisas, pela alegria que vi estampada no rosto dos funcionários do Chopp Time após a participação da 4ª Corrida do Internacional Shopping, em novembro de 2012.
Após 10 corridas e oito meses de treinos, lá estava eu para correr com eles, na minha primeira corrida fora da cidade de São Paulo, mas na vizinha Guarulhos que é minha segunda casa. Como músico da chopperia, entrei na "disputa" saudável do prêmio pago à parte pela gerente Sueli aos 4 melhores colocados na prova, entre seus funcionários. Até camiseta personalizada – e bem humorada – ela mandou confeccionar.
Contrariando as previsões e confirmando mais uma vez que São Pedro é mesmo amigo dos corredores, a chuva que era esperada não veio. Se bem que o sol quente na cabeça também não é muito agradável aos atletas, mas a verdade é que o domingo amanheceu claro e quente.
A estrutura dentro do shopping com estacionamento gratuito e acesso aos banheiros foi um diferencial das provas que corri até aqui. Nada dos fétidos, mas sempre necessários, banheiros químicos. Os corredores puderam até se trocar num espaço bem adequado.
Isso compensou o kit pré-prova, que não foi lá uma maravilha, não que eu me importe muito com esses ítens que são desculpa pra encarecerem as inscrições. Mas já que estão lá e são anunciados, a gente acaba comparando com os produtos de outras corridas.
Só a camiseta foi nota 10, em tecido tecnológico com proteção UV (eu nem sabia que existia isso), que usarei em outra oportunidade já que eu deveria correr com a camiseta branca do Chopp Time. A toalhinha, muito bem vinda, não dá pra reclamar dela também. Já a viseira prometida era descartável, daquelas que se monta na hora. O squeeze, aquele modelo que infla quando enchemos com o líquido. No geral, acho que uma nota 6 para o kit pré-prova.
Mas a minha preocupação, ou pelo menos curiosidade, era com o percurso. Trajeto que não foi divulgado em site algum, mas que devido aos participantes de edições anteriores eu sabia que teria uma altimetria difícil, além de trechos dentro do estacionamento do shopping.
Tendo chegado cedo e já estando pronto a 20 minutos da largada, ajudado ainda pelo fato de que havia menos de 1000 participantes, pela primeira vez consegui alinhar bem próximo a faixa. Sei que não estou nem perto de correr no ritmo dos atletas de frente, mas isso ajuda a evitar os caminhantes do primeiro quilômetro. E, se não corro como os da Elite, sei fazer meu percurso sem atrapalhar quem vem atrás num ritmo mais forte buscando a ultrapassagem.
Disputa Interna
Os meninos do Chopp Time se alinharam comigo, quase todos. E foi aí que eu percebi que, mesmo não querendo, o espírito competitivo faz parte da gente. Eu nunca tinha corrido disputando com ninguém, a não ser comigo mesmo e meus tempos extremamente altos para os corredores experientes, mas fantásticos para o meu padrão de iniciante. Só que ali, preparados para a largada que seria dada rigorosamente no horário, havia algo que dizia que iríamos realmente tentar chegar à frente um do outro. Não importavam os outros 1000 corredores, éramos 11 atletas do Chopp Time buscando um "título" que duraria um ano, até a próxima corrida no mesmo shopping em 2014.
E a brincadeira começou. E eu larguei no meu ritmo habitual, não muito forte, pra não quebrar logo. Só que eles, não. Desembestaram a correr e foram abrindo distância, o que me fez ter que montar uma estratégia rápida, ali mesmo, sob pena de não ter tempo para recuperação depois.
A solução encontrada foi a do caminho do meio: não tentei alcançá-los de pronto, mas também não os deixei distanciar demais. Fui fazendo-os de "coelho", um a um, e após o primeiro quilômetro, completado em insanos 04'10'' (para o meu padrão) eu já estava em quarto na disputa. A segunda subida da prova, bem mais longa e íngreme, diminuiria meu pace para 04'53 mas me levaria ao segundo lugar.
Esse seria o pace até o final da prova, mas não era suficiente pra manter minha posição. O garçom Toninho conseguiu se recuperar na reta, enquanto eu já estava no meu limite. A corrida entrou novamente no estacionamento do shopping para um trecho que dava algumas voltas por entre as vagas de carros, o que nos permitia ver os competidores que vinham atrás, e eu avistava o "adversário" cada vez mais próximo. Acenava pra ele e calculava em que momento ele iria me alcançar.
Duas rampas dentro do estacionamento, daquelas que até os carros sobem em primeira, foram vencidas até com certa valentia, dado meu grau de falta de combustível naquele momento. E o pace continuou abaixo dos cinco minutos por quilômetro, mas já um pouco alto: 4:57.
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| Saindo do inusitado trecho dentro do estacionamento superior, quase sem fôlego |
A disputa havia terminado, mas a alegria não, como sempre aliás. Apesar da prova não ter tido os 5k prometidos, bati o meu recorde de ritmo: 04:43 min/km, contra os 04:47 min/km no Autódromo de Interlagos, em julho, num percurso mais curto (4,2k) e menos difícil que o do shopping.
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| A galera que é nota 10 o ano todo, também foi na hora de correr. E minha esposa, única mulher do grupo, também mandou muito bem! |
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| Sempre com ela, em todas até aqui! |
Mais uma vez, parabéns pelo relato... O leitor se sente realmente participando do momento vivido.
ResponderExcluirDeve ser muito estimulante e saudável competir com alguém além de nós mesmos. Nunca tive essa experiência e espero um dia vivê-la... E VAMOS QUE VAMOS!!!!
Saudável, eu não tenho muita certeza rsrsrs...
ResponderExcluirNa última descida citada no texto, numa última tentativa de manter a posição, eu acelerei bem. E sabemos que acelerar na descida tem consequências para a parte posterior da coxa e principalmente para os joelhos.
Se, na subida, o impacto é menor do que nas retas, na descida ele é muito maior.
Isso me deixou alguns dias depois da prova em alerta com uma dorzinha no joelho esquerdo.
Entretando, estimulante foi mesmo, e muito rsrsrs... mas creio que você com sua evolução, logo estará disputando com outros atletas por um troféu na categoria. Será em 2014?
Sempre com vc...=)
ResponderExcluirAhh te amo!
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